A professora Maria Eugenia Borsani, conferencista da Folkcom 2015 em Cuiabá, comentou em sua visita à UFMT, em 2014, que alunos seus na Argentina passaram a ler sobre folkcomunicação, por conta de sua participação na XVII Conferência da Rede Folkcom em junho próximo.
A expectativa é que membros da Rede Folkcom também passem a se interessar mais pela perspectiva decolonial a partir dos contatos e da troca de informações na Conferência de 2015.
A organização da Folkcom 2015 buscou produzir uma interface possível entre folkcomunicação e decolonialidade, na medida em que as duas perspectivas teóricas constituem-se como outros modos de lidar epistemicamente com conceitos e categorias vigentes nas humanidades e na comunicação.
A folkcomunicação, historicamente, lida com processos comunicacionais e culturais, no folclore e nas culturas populares, nem sempre alinhados a processos relacionados à modernização dos costumes.
A decolonialidade busca se desprender das narrativas canônicas que se desdobraram da matriz ético-política própria da modernidade.
A folkcomunicação tem lidado com outras formas de comunicação, em especial a partir das práticas culturais subalternas.
A opção decolonial produz uma busca de “histórias outras”, não canônicas, propondo novas cartografias epistêmicas capazes de “contribuir para a transformação da razão ocidental”, conforme texto institucional do Centro de Estudos e Atualização em Pensamento Político, Decolonialidade e Interculturalidade (Ceapedi), coordenado por Eugenia Borsani na Universidad Nacional del Comahue (UNCo).
(Assessoria Folkcom Cuiabá. Foto: Y.G., detalhe de obra artística)